Icoaraci-Ver o peso
Versejar nos versos escritos
Em dias que o busão decide voar e que
Cada parada é a pausa de quem sabe onde
Deseja chegar
Pensando no existir, no viver e no
Sonhar, prosseguindo em devaneio entre
Caminhos largos e estreitos, curvas,
Encruzilhadas e cantos
Janela aberta e o vento a acompanhar
Os moinhos de pensamentos que insistem
Em se acomodar no consciente da máquina
Humana
Conflitos internos de mentes vazias,
Anseios profundos e complexos que
Mergulham diante do olhar vibrante do
Castanho verde água
De rios que são ruas e dos igarapés
Que são quintais
Subsistindo no açoite que abraça a dor,
A dor da revolta! Transcendendo, na
Verdade, a realidade acesa que o derrota
E reduz ao dormente ser de vidro e cor
Que sonha.
(Mário Faustino-trecho)