Mãos
Lembro uma vez daquelas mãos
Aquelas mãos que tentaram me segurar
Na praia puseram-me a afogar
Para eu nunca mais voltar a respirar
Aquelas mãos me dão calafrios, será medo ou apenas frio?
A sutileza se torna rijeza
Percorrem como um grande rio
É sinal de fraqueza? Falta de gentileza
Fora de leveza, a maldade se destaca
Como uma represa, percorrem e ameaçam
Lá vem aquelas mãos, onde pus a minha estaca?
Livre de sermão, na garganta se entrelaçam
Respire profundamente
Saia das profundezas
Não fuja da sua própria mente
Encare suas incertezas.