Mãos

Lembro uma vez daquelas mãos

Aquelas mãos que tentaram me segurar

Na praia puseram-me a afogar

Para eu nunca mais voltar a respirar

Aquelas mãos me dão calafrios, será medo ou apenas frio?

A sutileza se torna rijeza

Percorrem como um grande rio

É sinal de fraqueza? Falta de gentileza

Fora de leveza, a maldade se destaca

Como uma represa, percorrem e ameaçam

Lá vem aquelas mãos, onde pus a minha estaca?

Livre de sermão, na garganta se entrelaçam

Respire profundamente

Saia das profundezas

Não fuja da sua própria mente

Encare suas incertezas.

Letícia Vitória
Enviado por Letícia Vitória em 21/05/2024
Código do texto: T8068405
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