NIVELAMENTO POR BAIXO DA CULTURA

O tempo todo olhando as estelas no céu

Como se pudesse vê-las.

É muito complicado tentar vê-las

Pois a mídia não deixa vê-las.

A mídia joga merda no ventilador

Ainda a distribui nos vários rincões brasileiros,

Além de exportar para o estrangeiro

Como se isso fosse a nossa cultura.

Pelo amor a cultura verdadeira,

Mídia, dê um tempo,

Solte a cultura de fato ao vento

Colocando-a no ar.

Por favor mídia brasileira,

Dê espaço ao que presta neste país.

Dê o lugar merecido a cultura que educa.

Dê espaço a quem se preocupa com o futuro do país.

Mas a mídia brasileira só se preocupa com dinheiro.

Só quer aviltar seus lucros em cima da falta de pensar

E transforma tudo isso em milhões de visualizações,

Deixando quem produz coisa séria ao Deus dará.

Mesmo havendo a falta de incentivo

A cultura preocupada com os rumos do país

Ainda emerge meio a falta de senso

Das autoridades que deveriam pensar estratégias

Para alcançarmos outros patamares

Com poesias populares

Que nasce dentro dos guetos

E se espalham pelo rincão,

Mesmo sem a inciativa privada e pública

Investir nenhum tostão.

A mídia só enaltece o que não tem poder de transformação social

A mídia dá espaço só a quem não dá atenção ao problema ambiental

Ela promove grandes eventos ao Deus dará para enaltecer

Uma caneta azul que não diz de importante,

Além de alienar os já tão pouco pensantes

A continuarem na mesmice,

Sem conhecer o “carpinteiro do universo”,

Ou o Faroeste Caboclo,

Ou “ideologia” ou a “burguesia”

Que de fato inspirava poesia

E respirava a “revolução por minuto”

Na “Alvorada Voraz” onde “Asa Branca”

Era símbolo da paz que carregamos no peito,

Mesmo depois da ditadura militar

Que cerceou nossos direitos por algum tempo,

Mas a democracia enfraquecida voltou

E, ao invés de darmos voz e vez ao pensar solidário,

Se cria espaço midiático para o “idiotário”

Usar da falta de pensar do povo

Para continuar agindo às espreitas

Com a maior das piores intenções.

Eles compram o mundo.

Eles mandam no mundo.

Eles são o mundo.

Da maior falta de criatividade,

Mas vivem em um mundo

Em que a felicidade

É parte do pacote de mentiras

Vendidas na maior falsidade

E as pessoas nem desconfiam

De tal atrocidade

E vivem em ostracismos

Da maior ignobilidade.

A cultura brasileira está sendo nivelada por baixo.

Quem pensa um pouco sai do padrão do novo momento.

Fica vendo as barbaridades voarem por aí

Como se fossem sopradas pelo vento,

Sofre calado a solidão de estar sozinho

No meio da multidão

Que a ti não dá atenção,

E eles vive um verdadeiro desalento.

O desalento é muito forte.

A tristeza toma conta do lugar.

Aquele menino que sonhava aos montes,

Hoje conta as histórias sobre suas vivências,

Mas ninguém lhe dá ouvidos,

Pois os mesmos estão com seus fones,

Auferindo o belo pancadão.

Pancadão por todos os lados!

Festa no Brasil inteiro.

Tudo parece ter virado de cabeça para baixo,

Transformando o país num enorme chiqueiro

Com porcos pulantes feito milho pipoca em panela quente,

Destruindo a poesia, matando a gente.

*Observação: vou dar continuidade a esse poema! Ele será publicado na íntegra no Livro Secreto em Versos e Prosa!

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 21/05/2024
Código do texto: T8068396
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