Promessas
Das promessas que eu fiz, poucas eu cumpri,
Sempre no meio do caminho, ainda havia metade a concluir,
E voltava com desânimo pelo mesmo caminho que vim,
Achava que a segunda metade era mais difícil de seguir.
Fiz promessas de nunca desistir, sempre concluir,
Deixei o violino de lado, o telescópio abandonado,
Sem ver estrelas e planetas num universo sem fim,
Nenhuma partitura extraindo um virtuoso som no jardim.
As promessas de amor que não chegaram ao fim,
Términos e recomeços, sentimentos incompletos em mim,
Na varanda, mil beijos, mil promessas de amor esperando seu fim
E no espelho o desespero mostrando sua face enfim.
Promessas nunca deveriam ser quebradas assim,
Sem pudor, sem remorso, sem pelo menos um bilhete.
Jogado sobre a mesa, junto ao guardanapo carmim,
Não devia ser assim, mesmo que tudo tenha um fim.
Prometi tantas coisas,olhando seus olhos em mim,
E nenhuma promessa eu pude por amor cumprir,
Sua partida é justificada por tudo que não fiz,
Seu amor se foi, como minhas promessas sem fim.