POEMA NOTURNO
À noite vejo as coisas com maior clareza
Vejo imagens e sons diversos
À noite percebo tudo com frieza
Com ângulos côncavos e convexos
Eu tenho uma vontade louca de gritar por mim
Percebo, às vezes, ao redor tudo florescer
Caminho, sigo em frente, na estrada sem fim
Aprendendo que todo dia é para nascer
A visão noturna às vezes é turva
É triste, por vezes, sentir a solidão
Contudo é reconfortante encontrar a mim mesma na curva
Num mundo de vasta imensidão
O mundo noturno é feio e bonito
A vida oscila entre escuridão e claridade
E embora tudo - ou quase tudo! - tenha sido dito - e vivido!
Cada segundo é uma nova verdade.
Eryka Patricia Ramos Pereira
Éryka Vasconcelos (Caruaru/PE)