As sementes do Paraíso
Desde o paraíso,
Negamos em ouvir os avisos.
Mas o relógio do tempo anuncia as velhas profecias:
Falta pouco.....
Mesmo assim,
Caminhamos para o abismo com um cínico sorriso…
É tudo muito louco!
A humanidade desdenha do seu próprio fim.
Brincamos com o fogo.
Escancarada está a caixa de Pandora;
Com ela, o selo da vitória,
Da Glória!
Pois lá fora, já vem a deusa da Desforra...
Ouçam os ventos....
Ouçam os ventos...
Os dias são de lamento....
Do que adianta a revolta?
Se a Peneira está posta.
Se faz chegado a hora...
É separado o joio do trigo.
Em risco,
O mundo se tornou um pão e circo.
Tornamo-nos o nosso próprio inimigo,
Um Ante-Cristo!
Nos vemos em um momento de luta ,de luto,
Mãe Terra trava conosco a sua guerra,
Machado como soldados,
fizemos do Seu Verde Derramado.
As florestas se viram tombadas,
Das cinzas, levantamos estradas
só restaram as brasas;
mais nada!
Secados pela nossa cobiça,
agonizam os últimos leitos da vida.
Chora a natureza na incerteza(?)
Contudo, bendito serão os seus novos frutos,
É preciso plantar a primavera para as novas eras…
Perante a tela,
o Grande Artista já ensaia uma nova aquarela...
Alçadas foram as suas velas;
a vida sempre se regenera...
Contente,
ele vê germinar as novas sementes...
Corrompidos e carcomidos,
hão de cair todos os falsos mitos:
O capital ,tão canibal, será banido,
No Livro da Vida há tempos está escrito,
Perecerá toda ganância e o egoísmo.
Porque foi ouvido o grito dos oprimidos.
Hosana! Hosana! ...
A eles, respondeu os anjos:
O amor não está surdo.
A grande Babel desafiou os Céus,
É inevitável o grande expurgo!
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ChicosBandRabiscando
As sementes do Paraíso