SINGULARIDADE
Os versos
ainda cantarão epopeias.
O aceno
com o lenço branco
ainda será o gesto
de saudade
ou de paz
em cada estação.
Os quereres oníricos
misturaram-se com o real.
Os mundos
se interconectaram
em multiversos
por elos paralelos.
O afeto é um fato
no beijo, no abraço
que transcenderá
o transumanismo.
Sempre restará
a lembrança do afago,
o suspiro calado
e um olhar profundo.
À espreita, a poesia
sempre será um espanto
em qualquer mundo,
em qualquer canto.
(O multiverso e a sua relação com o transumanismo, a singularidade tecnológica e o metaverso. Somos essa complexidade entre passado, presente e futuro)