Via Prateada

A via que eu vi

é caminho de prata,

LÁ onde o SOL derretia-se

qual leite na taça.

Depois eu mirava

sete teclas no asfalto,

por vezes tão branco

quando havia miragem.

As melodias que

ME FA(riam)

em SOL solfejar, eram

arco-íris de prisma ou

mero vazio no espelho,

no riso d'olhar.

Eáh! Narciso, vamos LÁ,

sem DÓ de SI, pois,

nesta via, RÉ não se dá.

Vou subindo degraus de

bemóis e sustenidos,

aprendendo as escalas

entre o bem e o bandido.

Entre o preto e branco,

um solfejo cromático

se o SOL se refrata

nesta via (Láctea),

sinto-ME inspirado

pelo piso de teclas,

pelo lago de prata.

Assim vou fazendo fabelas,

unindo versos com palavras simples,

tecendo poesias

nem sempre tão belas.

...e de dia realizo meus sonhos

de noite eu sonho co'a vida

vida que é vinho na taça,

assim destituída de prata

ataviada com bijuteria.

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