A CAVALGADA DO RATO GRANDE

A flechada tem outra direção

Tem a direção do vento forte

Há também a falta de opção

Por ser um lugar de povo forte.

Seu povo é orgulhoso

Não arreda o pé do que pensa e que faz

É uma era velha em forma de ser

É um ser que nos tira a paz.

A arrogância arraigada

No seu lindo caminhar

Pelas ruas tortuosas

Maravilhosas como o lugar.

O rato parece cavalo

Andando a galope no telhado

Demonstra a putrefação cultural

Que não admite a limpeza

Como higiene e bem-estar.

As enxurradas são indícios

Da falta de saneamento básico,

Mas mesmo assim o povo é feliz

E não reclama de seus direitos

Pois o Estado paternalista/patrimonialista

É tudo e quase nada

Nas mãos de politiqueiros

Que governam em causa própria!

É o poder do atraso

Comandando a falta de ação

Tudo parece um arraso

Espatifado em emoção

Direcionado cada palavra inexata

Mas exata por essa população

Que não admite grandes mudanças

Em sua direção

E o poder então constituído

Só tem a agradecer

O atraso arraigado na política

Desse homem que está a viver

Nesse insólito mundo

Quase sem alvorecer.

Araguaína – TO, 2009.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 25/04/2024
Código do texto: T8049797
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