A CAVALGADA DO RATO GRANDE
A flechada tem outra direção
Tem a direção do vento forte
Há também a falta de opção
Por ser um lugar de povo forte.
Seu povo é orgulhoso
Não arreda o pé do que pensa e que faz
É uma era velha em forma de ser
É um ser que nos tira a paz.
A arrogância arraigada
No seu lindo caminhar
Pelas ruas tortuosas
Maravilhosas como o lugar.
O rato parece cavalo
Andando a galope no telhado
Demonstra a putrefação cultural
Que não admite a limpeza
Como higiene e bem-estar.
As enxurradas são indícios
Da falta de saneamento básico,
Mas mesmo assim o povo é feliz
E não reclama de seus direitos
Pois o Estado paternalista/patrimonialista
É tudo e quase nada
Nas mãos de politiqueiros
Que governam em causa própria!
É o poder do atraso
Comandando a falta de ação
Tudo parece um arraso
Espatifado em emoção
Direcionado cada palavra inexata
Mas exata por essa população
Que não admite grandes mudanças
Em sua direção
E o poder então constituído
Só tem a agradecer
O atraso arraigado na política
Desse homem que está a viver
Nesse insólito mundo
Quase sem alvorecer.
Araguaína – TO, 2009.