- Na velhice emburrecida!
Na velhice emburrecida e carregada,
Rancor se tece em teia escura e fria,
O coração, que outrora já batia,
Agora amargo, na amargura afundada.
O tempo, mestre, em sua longa estrada,
Mostra que a mágoa é vã companhia.
Rancores são fardos que se cria,
E só consomem a alma, envenenada.
Que triste sina é a de quem se endurece,
Perdendo a doçura que a vida trouxe,
Afogando em mágoas o que um dia foi viço.
Porém, há tempo ainda, se o coração percebe,
De abrir-se à luz que o perdão reluz,
E assim renascer em paz e benefícios múltiplos!
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