TU
Faço das coisas secundárias,
o que não posso fazer com o primor.
Expressão de poesia e arte,
congelamento da harmonia pura,
ou puro disfarce da dor.
Mas tudo que eu falo é "mentira",
devaneios da ilusão.
Só me acreditem quando eu
estiver silente,
submerso em contemplação.
Porque a mulher que eu amo é
aquela que alça-me da derrocada,
quem é digna das declarações poéticas,
esta que eu chamo de minh'alma,
ou simplesmente de amada.
.