DESPOJAR DA ALMA DO ARTISTA
Despojar da alma da arista
Desfazer-se dos velhos artifícios
Deixar pra trás as reminiscências
É burlar a natureza da razão
É andar de braços dados
Cercado com a devida imprudência
Dos dísdicos, do tronco a seiva
Dos fragmentos se juntando aos pedaços
Dito por tudo, a velha resiliência
Á vida que se desfaz aos poucos
Na alma sofrida que nos deixa louco
Matando aos poucos nossa inocência
Das vagas destes mares profundos
Das direções escuras de outros mundos
Dos devaneios que terminam em violência
Decretando em tudo que haja vida
Depois das águas em enchente se desabarem
Dispara nos homens a pior violência!