A insólita Busca do Amor

Vai, segue só,

do espírito o sopro

ascendente.

Desce onde queres descer

decidido do querer.

Viaja pelas ocas

escarpas do tempo

espirala nos momentos teus,

como na busca do rebento por apoio,

como na minha insólita busca...

por Deus.

Vai,

até o fiel do meu coração,

sobe pelo vórtice à mente

ou desce seguindo

o corrimão da serpente...

no espaço de meu porão.

E como a ninfa dos meus sonhos,

finda esse mortório

de insustentável pureza,

em paga da sangria,

enquanto não desfrutei da floresta,

enquanto cativo na cabeça.

E na doce penumbra esverdeada,

sente tudo que quiseres,

depois desapega-te.

Mas depois deste pecado

esquece que te amei,

me esquece.

E segue só

do espírito o sopro

ascendente.

Adeus!

.