NÉBULA

Tudo cinzento

Nada isento de solidão

Como se fosse um unguento

Que leva a insana exaustão,

No íngreme desvio entre o absurdo e o caos

Aos nem tão sãos

Aos não tão cãos

Aos não tão vãos

Sem perder a raça e o tom

Sem perder a autencidade

Sem negar o som ou a carne

Sim, eu não sou tão bom

Sim, eu não sou tão mau.

Tudo cinzento

Bolorento, pisando com cautela...

Em meio a indício de quimera

Entre excrementos em lente de aumento

Era pra ser nojento, gosmento, lamacento

Mas só está tudo cinzento

Como cimento no chão...

Como cinzas de cigarro que sujam a mão.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 18/04/2024
Reeditado em 31/08/2024
Código do texto: T8044373
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