"Basta olhar pra dentro"
Era um cancioneiro de pele parda
Que atravessava o deserto de chão rachado descalço
A boca seca e o vento quente
O horizonte não mudava e o cenário era o que canção nenhuma conseguiria descrever em letras
Por isso o cancioneiro fez sua parada
Pra aliviar os pés de solas rachadas
E o seu violão falou com vento quente do deserto
Soprou arpejos e timbres harmônicos
O sol fez sombra sobre a pele parda
E o deserto ecoou pra dentro da alma
O cancioneiro guardou a viola nas costas e continuou seus passos no deserto.