Simples andarilho
Se o ego nos ilude, porque não simplificar ao amar?
Dividir um fio de cabelo ao meio não é impossível
Se entender os caminhos que o levam a isso
Desprezível é não lutar com as forças que se tem
Ou relegar a segundo plano as forças do inconsciente
Que se revelam por vezes inconsequentes
Mas tem em seu íntimo o sinônimo da esperança
Fé essa que não se abala nem com a mais forte tristeza
Que pode revelar a beleza contida na perda temporária
Donde o momento se torna letal, mas o total é parcial
Pra quê questionar o amor, ao invés dele se aproveitar?
Se a si próprio ele revela não entender bem a que se conduz
Sabe que seduz, mas não espera eternidade
Embora seja infinito enquanto dure
Se mostra opaco, sem graça ou brilho quando acaba
De resto é apenas um simples andarilho
A procura de si próprio pra sobreviver nos corações