Tardio Consolo

Tento concatenar pesadelos,

mesclam-se

fuga e tragédia.

Rescindidas

as minhas chances,

insisto na concepção

de novos sonhos,

cujas paredes

de esmeraldas

devolvam-me

o hálito de vida.

E quando eu penso

no verde que

jamais verei,

meus olhos

são batizados

no consagro

da lamúria

de jorro perenal.

Quisera eu não

tivesse este amigo

manchado de sangue,

que consulta-me sorrindo,

contando tenso, as luas

desde a noite do naufrágio

Miríades de anos

não puderam

revitalizar o solo

salinizado por

todas as lágrimas

que o mundo

chorou por nada.

Revolvida

a areia repleta

de inúteis diamantes,

um fragoroso veio

cristalino, prometia

matar a sede

dos que ainda bufavam,

em sua embolia pulmonar.

Contudo,

eu não viveria

para ouvir a doce voz,

e o meu sangue

tornara-se o

alvo dos bacilos,

o trunfo dos

donos das minas,

e a incongruência

de quem não viu

um sorriso no Tibete.

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