Mergulho
Nesse mergulho simbólico...
Nesses momentos naturais de tormenta...
Temos a ilusão de estar em queda livre
Nem por isso experimentamos a liberdade
Aprisionados ante a impossibilidade de conter a força que nos atrai
Viramo-nos e reviramo-nos em emoções e sentimentos
Subitamente, descobrimos que a maioria das "batalhas" que lutamos...
Simplesmente não têm/tinham qualquer relação com (o) que(m) somos
Isso torna diminuta a "guerra"
Nosso "destino" é vetorial...
Resulta das forças do amor que nos move num Universo até então incognocível
Mas cuja nossa própria consciência de existir constitui prova de sua existência
Não importa quão egoístas, egocêntricos ou arrogantes sejamos...
Não importa a posição que ocupamos entre nossos pares...
O Universo, em seu humilde esplendor, nos convida a ajoelhar e implorar
Ajoelhados e diminutos...
Padoxalmente experimentamos o infinito
E a vida nos toca inconcebida
Absorto pela imensidão do(e) que(m) somos...
Deixamos (o) que(m) acreditávamos ser
E então...mergulhamos na vida
Ipatinga, 5 de abril de 2024.