O capoeirista
Na areia
O capoeirista
Mostrando-se um artista
Solta toda a poeira
Ele fica a mostrar seus movimentos
Ágeis e corporais
Assim como faziam seus ancestrais
Em todos seus aflitos momentos
Ele como seus antigos
Fica a treinar
E a se lembrar
De seus inimigos
Que toda sua família ancestral
Vindos do continente africano
Todos tinham um plano
De fugir dos senhores de engenho no Brasil colonial
E os escravizados
Tinham que uma luta aprender
Para tentar se defender
E todos eles eram avisados
Quando,estes fugiam de suas senzalas
Que os capitães do mato
Os perseguiam para os capturarem no ato
Indo atrás deles pelas florestas por todas as alas
E para ele,a história da escravidão
Deixou-lhe a capoeira
Com essa maneira
Uma lição de repreensão
É uma herança
Do povo escravizado
De um país que se dizia ser civilizado
Mas que ainda há esperança.
Autor: Wilhans Lima Mickosz