COR BRUTA & CRUA
O silêncio
é uma epifania
do verbo,
quando ainda
delira para
transver o ser.
É lá que habita
o nascedouro
do transcender,
das realidades
e dos delírios.
Cor bruta e crua,
onde se imprime
a imaginação.
A cor
é o sentido
na profunda
natureza
do essencial.
Seria a cor
uma subversão
do eu?
(Imagem: Abstrato azul, 1973, de Arcangelo Ianelli)