A outra Essência

Há um amor

manifesto na vida

que desafia até a morte.

Pretendo libar

desse néctar

na taça do teu coração,

com pantagruélica sede.

Há também um outro Amor,

que é um mar, cuja vastidão

só se compara à luz crepuscular.

O primeiro amor há de nos

consubstanciar num'alquimia,

como a dois rios confluentes.

O Amor subseqüente,

há de receber nossa essência

desde que a não torne

insípida, o derretimento

do gelo da mente.

Mas...que essência nostalgizada?

A doçura da uva

pisada no lagar?

Não mais.

Agora

o Amor universal,

Aquilo que dá sabor a tudo

e não rejeita nada;

(que é, de Deus) o SAL.

.