Indagação infinita

Sinto me como o pó,

Com as migalhas

da consideração alheia.

Me torno areia.

Sem valor, sem cor,

Sem jeito, sem amor.

Um farelo de quem

eu poderia ser.

E nas indagações

desse meu jeito de viver…

Imutável, intransitivo,

Que provoca sempre

o mesmo ruído e

ecoa em meus ouvidos

a pergunta sem fim:

— Por que você é assim?

— Acredito que preciso

gostar um pouco mais de mim.

MatheusMoreira
Enviado por MatheusMoreira em 23/03/2024
Código do texto: T8026096
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