resposta

Quando o funil se estreita

A luz que sempre nos guiou

desaparece como o perfume do jasmim

parece que no gargalo da ampulheta

não teremos auxílio algum

não haverá brisa consoladora (...)

nem o acalanto dos cantos(...)

(tão santos)

nem as pombas com pena de mim

e eu cá

nada sabendo do silêncio mais profundo

tagarelo ações iguais ao ácido

carcomendo um pedaço de aço

ou um caco de vidro

Mesmo sabendo que atrás de mim tem pó

pressionando o tempo (...)

eu me pergunto se no fundo os vagalumes

nunca foram grilos infames e vagabundos

(talvez ruidosos e hediondos)

"não se pergunta a um feto

se ele quer perder a sua morna bolha

não há escolha" (!)

(eu me respondo)

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