Espinhos
Sou conhecido não só aqui
Onde eu nasci fugir não posso
E se for lá vão me encontrar
Eu colho os frutos da semente
Que plantei, pois num pé de
Espinheiro ninguém vê rosa crescer
Eu dou guarida a quem
Me ouve e me escuta
E uma rede sob as arvores
Pra balançar na minha sombra
Você bebe água fresquinha
E as suas contas quito todinhas
Pode dormir e descansar.
Mas mesmo assim algumas
Arvores não entenderam
E se afastaram com medo
De se furar, mas meus espinhos
Só atinge os que são contra
Os que são iguais a mim
Vou proteger e resguardar.
Alguns lugares talvez eu
Possa me esconder
Quem sabe um dia
Eu possa até morar por lá
Mas apesar deles serem
Iguais a mim eu prefiro
Morar aqui que é bem
Melhor do que por lá.
O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. Sl 101:7