Espinhos

Sou conhecido não só aqui

Onde eu nasci fugir não posso

E se for lá vão me encontrar

Eu colho os frutos da semente

Que plantei, pois num pé de

Espinheiro ninguém vê rosa crescer

Eu dou guarida a quem

Me ouve e me escuta

E uma rede sob as arvores

Pra balançar na minha sombra

Você bebe água fresquinha

E as suas contas quito todinhas

Pode dormir e descansar.

Mas mesmo assim algumas

Arvores não entenderam

E se afastaram com medo

De se furar, mas meus espinhos

Só atinge os que são contra

Os que são iguais a mim

Vou proteger e resguardar.

Alguns lugares talvez eu

Possa me esconder

Quem sabe um dia

Eu possa até morar por lá

Mas apesar deles serem

Iguais a mim eu prefiro

Morar aqui que é bem

Melhor do que por lá.

O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. Sl 101:7

Antonio Sergipano
Enviado por Antonio Sergipano em 22/03/2024
Reeditado em 23/03/2024
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