CUIDA DE TI

Ah, esse tíbio coração

Outrora fez-me lamentar

A vida sem uma paixão

É o mesmo que acinzentar

Às vezes não compreendo

Dos meus erros sem cogitar

Quando até no íntimo sofrendo

A poesia regurgita sem cessar

Aviva o ébrio sentimento

Na periférica via do viver

Ninguém vive de lamentos

O certo é deixar de sofrer

De repente tudo muda

Nada dura, não é eterno

Enquanto na terra cuida

Dos teus afazeres externos

E no teu íntimo, esqueces?

Olvidar de cuidar de ti é erro

Olha para dentro, não esmoreces

Seja agora amante de si mesmo

Oliveira de Carvalho
Enviado por Oliveira de Carvalho em 17/03/2024
Código do texto: T8021545
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