CUIDA DE TI
Ah, esse tíbio coração
Outrora fez-me lamentar
A vida sem uma paixão
É o mesmo que acinzentar
Às vezes não compreendo
Dos meus erros sem cogitar
Quando até no íntimo sofrendo
A poesia regurgita sem cessar
Aviva o ébrio sentimento
Na periférica via do viver
Ninguém vive de lamentos
O certo é deixar de sofrer
De repente tudo muda
Nada dura, não é eterno
Enquanto na terra cuida
Dos teus afazeres externos
E no teu íntimo, esqueces?
Olvidar de cuidar de ti é erro
Olha para dentro, não esmoreces
Seja agora amante de si mesmo