Semente que não pode germinar, o ódio.

O salão de baile está cheio

mulheres, homens, bebidas, cheio.

Os instrumentos clássicos, tocam,

animam, alegram, tocam.

Há um depósito, cheio.

Silêncio.

Há um lugar que fede,

há mulheres, homens, crianças, sofridos.

Camas de madeira, fria, rija, pérfida.

Desumanidade, banalidade,

O salão fervilha de indiferença egocêntrica, gélida.

Não há música nos campos de extermínios.

Há cheiro de morte, de sangue, de dor, de ódio.

Os comboios trazendo mais e mais e mais...

Restos em meio a cinzas viram húmus na terra

o gosto amargo da maçã que germina

no esgoto humano daqueles que fomentam o ódio.

A pele tem que ser limpa, o sangue puro, alva a alma

é o que querem os senhores do poder... Deram o poder

aos errados exorbitantes e medievais.

O Homem pode gostar de poesias

pode gostar de arte.

Mas não aceita que outra raça a faça.

A raça é Humana, e Humana é a essência da poesia.

Que contraste!

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 13/03/2024
Reeditado em 13/03/2024
Código do texto: T8018774
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.