Desatentado ao pudor

Vida

Apenas uma

Depois, nunca mais

A minha é cheia de tesão, de imaginação

De amor próprio e reclamação sobre o que vejo no espelho

Quando eu vejo esse ainda jovem rapaz

Ainda assim, me aceito

Tento conviver com os meus defeitos

E registro quem eu sou desde que me deram uma câmera na mão

E eu perdi o pudor de mostrar o rosto

Quando eu mostro o resto do meu corpo

Como veio ao mundo

Sempre cheio de desejos

Sem roupas, sem símbolos de ostentação

Sem propagandas, apenas uma parte oculta da minha personalidade

E se me pegarem??

E se me exporem sem eu ter concordado??

Bem, não terá sido minha culpa

O atentado ao pudor não será meu

Se eu só me mostro para mim e para uns poucos, loucos como eu, por essa mania de viver