Se alguma vez...
Tantas horas passei entre lembranças e esquecimentos,
entre noites altas, noites mornas, nesse turbilhão,
nesse abandono, derramando esses vazios nesse abismo.
Agora, abateu-se sobre mim essas reflexões, essa fadiga...
Se alguma vez fui torpe, fui vil, trago agora essa brandura,
esse afável desejo de refazer-me entre tristezas e saudades.
Talvez amar seja melhor que esses rompantes e tanta negação.
... ou, quem sabe, deixar-me estar entre ternuras e impaciências!
Assomava à porta, nesse quarto, tanto ressentimento de outrora.
Ah, essa vontade de refazer os passos nesses últimos hálitos da vida!
Atento, zeloso, derramo uma tristeza calada, amofinada, trêmula.
Ficaram velhas todas as notícias, mas aqui estou anunciando ardores...