Pequenos Grãos, Grandes Colheitas
No berço da manhã, onde o orvalho beija a terra,
Um grão solitário repousa, promessa de vida encerra.
Menosprezado por olhos que não veem além,
Mas na simplicidade, esconde o seu bem.
Quem vê o grão e enxerga o pão,
Sabe que cada começo tem sua razão.
A gratidão no alvorecer, pequena chama a arder,
Multiplica as bênçãos, ensina a crescer.
Mas aquele que desdenha do início singelo,
Perde-se no caminho, torna-se passageiro do desespero.
Mesmo que a colheita venha a transbordar,
No vazio do coração, nada pode saciar.
Lembra-te, viajante, da sabedoria antiga,
Que nos pequenos inícios, a grandeza se abriga.
Cultiva a gratidão, como o lavrador ao seu campo,
E verás que no fim, o coração estará repleto, não amplo.
Porque quem menospreza o dom da semente,
Jamais compreenderá a alegria do fruto crescente.
Mas quem agradece e cuida com amor,
Colherá não só frutos, mas um espírito de valor.