Um soco no muro
Há uma negra nuvem
No céu nebuloso
Da amargura
Onde o velho artista
Inevitavelmente
Inebria-se de lamento
E sentimentos
Sofre e sangra
Numa dor sentida
Que nem ele sabe
De onde advém
Perde-se o prumo
Um “ soco no muro”
Encontra-se fraco
Em meio a vida e a morte
Se um dia foi feliz
Já não se lembra...
Talvez jamais será...
Resta-lhe somente
O vão temporal
Da sua arte esquecida.