Naufrágio da Consciência
Saio pelo dia,
dia que não tem fim.
Em cada esquina me perco, vivo à procura
de mim.
Corro com a vida sofrida, no deserto do
sem-fim. Nas ruas têm almas vagando, por que há
de ser assim?
O luar com olhar ilumina cada passo
no jardim. Enquanto num banco de praça,
avisto-me a pensar ali. Encontrei o que procurava, não distinguindo
ser pessoa ou alma, mas era um pedaço de mim.