Tudo que posso afirmar categoricamente, nem mesmo o silêncio, terá existência.
Você passa dos sessenta anos, entretanto, tudo pode acontecer
bem antes.
Um grande silêncio machucando o peito, ressurgindo na alma as recordações, começa imaginar como será o presente.
As sussurações violando nossos sonhos.
Quando você entenderá com brilho as replicações, qual a verdadeira função da genética mitocondrial, o destino das reproduções.
Elos intermináveis da única célula mater, na elaboração do primeiro DNA quântico.
Energia sintética substanciada na mimetização do cosmo.
No infinito, tudo será apenas um breve passado, o universo não produzindo mais hidrogenização.
No escuro sentindo o frio do solo quente, sem nenhuma ideologização, sem poder recordar a existência.
O que de fato sustentou as invenções, de um pobre mundo metafisicado.
Melhor então a compreensão etimológica da realidade distante, naquele instante de um passado presente no futuro.
Outros e outros mundos de múltiplas idiossicrasias, pergunto com veemência as ondulações das evoluções.
O melhor foi ter o privilégio das percepções, o entendimento colorido das invenções.
Quem somos resquícios de átomos quânticos, presos na reestruturação da linguagem filológica.
Amanhã tudo será apenas as metafisicações das substâncias continuadas, sem delírio na cognição.
Tudo que posso afirmar categoricamente, nem mesmo o silêncio, terá existência.
Sendo que o único ato verdadeiramente bom, foi a produção através do sangue da testosteronização do prazer na imaginação dos olhares apodíticos a essa constelação de desejos.
Edjar Dias de Vasconcelos.