Que a esperança seja nossa bússola, nosso guia.
Na teia das ilusões, mergulhei eu, ingênuo, sem temor,
Cegado pelo fulgor das promessas, sem perceber a dor,
Fui cativo das palavras doces, embalado na ilusão,
Mas a realidade crua, mostrou sua face, sem perdão.
Decepção, cruel e fria, como uma sombra que me envolve,
Desfazendo sonhos, como ondas que a areia devolve,
Despertando-me do sonho doce, em que eu me embriaguei,
Para o vazio, para a solidão, onde a desilusão me lançou.
Palavras vazias, gestos falhos, desenharam minha tristeza,
Ecos de promessas quebradas, alimentaram minha fraqueza,
Desilusão, cruel mestra, que ensina a dura lição,
Que nem tudo é como parece, nesse palco da ilusão.
Mas ergo-me das cinzas, mais forte, com cicatrizes na pele,
A decepção, amarga lição, que me torna mais fiel,
Aos sentimentos verdadeiros, às pessoas que merecem,
À luz que ainda brilha, quando a escuridão me entenebrece.
Que a decepção, com seu fogo, purifique minha alma,
E que eu possa, enfim, encontrar a verdadeira calma,
Pois no jardim das decepções, também floresce a esperança,
Que acende a chama da alma, em meio à escuridão tamanha.