Que a esperança seja nossa bússola, nosso guia.

Na teia das ilusões, mergulhei eu, ingênuo, sem temor,

Cegado pelo fulgor das promessas, sem perceber a dor,

Fui cativo das palavras doces, embalado na ilusão,

Mas a realidade crua, mostrou sua face, sem perdão.

Decepção, cruel e fria, como uma sombra que me envolve,

Desfazendo sonhos, como ondas que a areia devolve,

Despertando-me do sonho doce, em que eu me embriaguei,

Para o vazio, para a solidão, onde a desilusão me lançou.

Palavras vazias, gestos falhos, desenharam minha tristeza,

Ecos de promessas quebradas, alimentaram minha fraqueza,

Desilusão, cruel mestra, que ensina a dura lição,

Que nem tudo é como parece, nesse palco da ilusão.

Mas ergo-me das cinzas, mais forte, com cicatrizes na pele,

A decepção, amarga lição, que me torna mais fiel,

Aos sentimentos verdadeiros, às pessoas que merecem,

À luz que ainda brilha, quando a escuridão me entenebrece.

Que a decepção, com seu fogo, purifique minha alma,

E que eu possa, enfim, encontrar a verdadeira calma,

Pois no jardim das decepções, também floresce a esperança,

Que acende a chama da alma, em meio à escuridão tamanha.

Adenisia
Enviado por Adenisia em 21/02/2024
Código do texto: T8003753
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