Você não vai se arrepender
Sóbrio escrevo bem mais
No entanto muito eu entristeço
Eu queria ser um poeta feliz
Mas num simples desejo, esmoreço
Eu grito mudo, alguém socorro
Mas a tal tristeza me afoga
Sinto que quanto mais eu corro
Mais enrolo-me nesta corda
Por que ainda escrevo tanto
Sobre isso que me assola,
Entoou versos (,) como num canto
Suplicando misericórdia
Nem como poeta sou máximo
Não sou se não, qualquer um
Qualquer poeta mínimo e raso,
Chorando o fato de ser só mais um
Triste, pesaroso e vago,
Nesse reino sou antígeno,
Ser incrivelmente atordoado
Sem sorte. Sou tumor cancerígeno
Me destruo mais a cada passo
Sigo assim, sim aturdido!
Desmembrando o que sinto
Em tristes versos rimados
Estou tão confuso agora,
Que nem conto as sílabas...
Só conto o tanto de feridas
Que ganhei ao pisar lá fora
Mesmo assim, eu sigo limpo,
Sigo livre de álcool e LSD,
Pois sei que drogado não posso escrever
E escrever para mim, é lindo!
Eu quero aprender a escrever;
Escrever não só a tristeza lúgubre,
Escrever algo que de feliz, urge!
A felicidade que é escrever!!!!!!