CONFISSÕES
não fiz nada pelo mundo,
que pena.
mas e se viver já não é tudo,
próxima cena.
o que me dói por dentro,
ás vezes nem é meu,
mas se existe um alento,
eu posso querer o seu.
não interrogo minhas dúvidas pertinentes,
mas tenho um pouco de fé.
e eu ainda me considero penitente,
mas não deixo de ser o que se é.
o que eu vivo é íntimo demais,
mas atravessa o oceano.
e eu transcendo de maneira fugaz,
sempre para outro plano.
não sou impostor,
me revelo por tão pouco.
também abraço a dor,
de um planeta seco e louco.
o meu zelo é de guardião,
mas nem sempre sei lutar.
minha arma é o coração,
que nem sempre sei guardar.