A LUA E EU
A lua taciturna, ainda doura a mansidão dos céus, a esta altura, já contrafeita com as dores eternas que vê na terra. Eu, com o corpo em abandono, levemente disperso, imito a brisa, que se espalha pela relva fria, sob os auspícios do silencio. Ele abre, nas asas subjetivas do tempo, as portas do teatro absurdo da consicência, de onde fito, com as minhas cismas, o vazio abissal da consciência, meu teatro dos horrores cotidianos.