“NUANCES DE UM SER”.
Tempo...
É um ser que nunca dorme,
Nem madruga,
Mas deixa em nossos corpos,
As rugas,
Modificando e deformando,
Cada aparência!
Tempo...
O ser viajante e que divaga,
E nunca se cansa,
Que leva em seus ombros,
Cada lembrança,
Fixando em cada um de nós,
A experiência!
Tempo...
Único ser que não estaciona,
Sempre a correr,
Levando tudo com certeza,
Na sua carona,
E que vai nos envelhecendo,
A cada mês!
Tempo...
Que não faz ajustes com nada,
E com ninguém,
Que não abriga as irreflexões,
Por mal ou bem,
Desgastando-nos lentamente,
A lucidez!
Tempo...
Que passa sempre a nos vigiar,
Ao inquirir,
Sempre impassível a desgastar,
Quem o resistir,
Que por ninguém tem amor,
Ou estimação!
Tempo...
Cobrador implacável da vida,
A tudo desgasta,
Para ele nada despercebido,
Por aqui passa,
E que sem trabalho nos traz,
Estranha reação!
Tempo...
Ser que o homem só percebe,
Chegando a velhice,
E nos faz crescer interiormente,
Deixando as tolices,
Mas ao mesmo tempo teima a
A nos perseguir!
Tempo...
Ser itinerante e mais atrevido,
E as vezes voa,
Que não se esvai não se afronta,
E nunca desacorçoa,
Não tendo nesse seu percurso,
Pauta pra desistir!
Tempo...
Ser que quebra os moedores do,
Afoito guerreiro,
Único capaz de unir ou afastar,
Fieis companheiros,
É intrometido na vida daqueles,
Que temem envelhecer!
Tempo...
É quem transforma o forte jovem,
Em um tímido ancião,
Que não conhece nenhum limite,
Nem tem contradição,
Pois mesmo que pudesse deixaria,
Se contrafazer!
Cbpoesias
08/02/2024.