Quando me Perdi no Meu Caminho

Eu não me prendo ao passado,

Não me perco neste mar das conjecturas tardias,

Sigo no fluxo da vida, vivendo o presente, sem ousadia,

E dia após dia vivo planejando o futuro que se inicia.

Eu não vivo de Se’s, poréns e no entantos,

E se eu não tivesse nascido nesse mundo incauto em que vivo?

Teria evitado as dores que vivi nessa vida em demasia?

Ou teria continuado a sentir as que já sentia?

Mas, se nascido eu fosse, como sou,

Poderia eu mudar o destino que seguia em sua trilha?,

Ou deveria juntar-me às massas que se digladiam?

Quem sabe seguir um fluxo contrário ao que vivia?

São tantos caminhos que eu poderia ter ido,

Que me perco nas lembranças vazias,

Meu coração se calou, esperando o próximo dia,

E no meu silêncio, me perdi no meio da apatia.

Sei que o passado é lembrança que se esvai,

No meu peito é esperança que me trai,

Fazendo-me caminhar um passo após o outro, ao infinito,

Enquanto o tempo cuida de enterrar meus gemidos.

Digo adeus ao passado que se vai,

À minha frente se abre futuros abissais,

Nas fileiras do presente que ficam para trás,

Fecho os olhos, um passo a mais, um dia a mais.