A história de um caminho cheio de curvas.
Havia um caminho, uma estrada muito longa, eu estava sozinho, esse caminho era cheio de curvas.
As curvas eram continuadas, intermináveis, o sol sempre estava muito quente, muito hidrogênio, a noite o infinito ficava colorido com a luz das estrelas.
Nunca esqueço que esse caminho estava coberto de areia, os sinais dos meus pés descalços, ficavam manchando os rastos.
Então, quando cansava, sentava debaixo de uma árvore e olhava para o universo, tudo que desejava a sombra de uma nuvem, até a terra girar em torno dos seus dois eixos.
Deste modo, o sol ia escondendo entre as montanhas, tudo era bonito, complacente, entretanto, muito triste, recordo do tempo passando, de cada instante.
Hoje distante fico imaginando aquele caminho marcante, quem passa por aqueles lados, talvez apenas a sombra da minha cognição.
Era criança, solitariamente desejava atingir o sol, compreender os múltiplos universos paralelos, por que existe o homem, qual a razão que pensamos.
O mundo linguístico, procurava compreender o que seria a inexistência daquele caminho, o tempo passou hoje imagino como nesse momento, está sendo aquele caminho que tive que deixar, para o tempo cobrir meus passos.
Com efeito, outros caminhos surgiram, onde nesse momento estou imaginando o futuro do tempo passado.
Nada além da minha imaginação fértil, todavia, desértica, pensando nas noites escuras cheias de estrelas brilhando no céu.
Resquícios de hidrogênio dos sóis.
Edjar Dias de Vasconcelos.