A luz das luzes dos olhos.
Eu acho bonito o planeta terra, o azul do universo, o verde das florestas e as águas do mar.
Acho interessante o silêncio da noite, quando a madrugada desponta, imagino então o tempo passando.
Pergunto, o que é a existência, sei tudo que existe não tem sentido, a vida é uma grande bobagem.
Morremos acabamos, termina-se o silêncio da alma, a lágrima dos olhos, essa breve passagem, nada além da dor da despedida.
O corpo fica plantado na terra, os ossos mimetizando na química do solo, é deste modo, a existência, nada tem sentido, finalidade, apenas o derretimento do passamento.
Então, é como se nada de fato existisse, motivo pelo qual a contemplação dos sonhos apaga nossas ilusões.
Aqui jaz apenas um sinal, sem fotogracia, esperando o brilho do sol, o entardecer e a escuridão da noite, o reflexo do brilho das estrelas.
Todos estendidos na mesma direção, com a cognição reprimida, já foi se o tempo da existência distante.
O que poderia imaginar além do solo enfeitado, esperando por novos olhares, buscando os desejos presentes, na vontade representada.
A poeira magoando a garganta, ninguém mais brevemente saberá das vossas existências.
Tão somente o lastro replicativo da vossa genética explicativa, amanhã seremos as recordações deste solo, frio e desértico.
A imensidão da esperança retida.
Edjar Dias de Vasconcelos.