A luz das luzes dos olhos.

Eu acho bonito o planeta terra, o azul do universo, o verde das florestas e as águas do mar.

Acho interessante o silêncio da noite, quando a madrugada desponta, imagino então o tempo passando.

Pergunto, o que é a existência, sei tudo que existe não tem sentido, a vida é uma grande bobagem.

Morremos acabamos, termina-se o silêncio da alma, a lágrima dos olhos, essa breve passagem, nada além da dor da despedida.

O corpo fica plantado na terra, os ossos mimetizando na química do solo, é deste modo, a existência, nada tem sentido, finalidade, apenas o derretimento do passamento.

Então, é como se nada de fato existisse, motivo pelo qual a contemplação dos sonhos apaga nossas ilusões.

Aqui jaz apenas um sinal, sem fotogracia, esperando o brilho do sol, o entardecer e a escuridão da noite, o reflexo do brilho das estrelas.

Todos estendidos na mesma direção, com a cognição reprimida, já foi se o tempo da existência distante.

O que poderia imaginar além do solo enfeitado, esperando por novos olhares, buscando os desejos presentes, na vontade representada.

A poeira magoando a garganta, ninguém mais brevemente saberá das vossas existências.

Tão somente o lastro replicativo da vossa genética explicativa, amanhã seremos as recordações deste solo, frio e desértico.

A imensidão da esperança retida.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/01/2024
Reeditado em 26/01/2024
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