Retorno
Admito estar meio perdido
Em um labirinto, tentando me encontrar
Como a um livro, numa estante esquecido,
Onde as mãos não conseguem alcançar.
O que passa em minha cabeça
Admito que nem eu mesmo sei
Um redemoinho de lembranças e de um futuro
Que talvez eu nem viverei.
Às vezes, ao olhar para trás,
Lamentamos as oportunidades perdidas
Ou compreendemos que as derrotas
É que têm ditado os rumos da vida.
O viver é repleto de novidades,
Mas não conseguimos enxergar.
Vivemos oscilando entre sonhos e saudades
E do presente há o descaso a cuidar.
O agora é o que temos em nossas mãos
Fatos passados transformaram-se em memória
Do futuro insiste um forte desejo
De colecionarmos momentos de glória.
Val Viega