Não Sou Um Vampiro
No crepúsculo da vida, sombras me envolvem
Jovem semblante, mas segredos não dissolvem
Não sou vampiro, não bebo o rubro vinho
Apenas disfarço o tempo, esse é meu destino
Em meus olhos, a eternidade se espelha
Mas não sou diurno, nem sombra vermelha
A juventude em meu rosto persiste
Enquanto o tempo, nas rugas em outros, insiste
Nas minhas veias, não corre sangue eterno
Apenas histórias, um ser sempiterno
Não busco pescoços para me saciar
Apenas a vida, aos poucos, a observar
A lua testemunha meu envelhecer
Mas a escuridão não me faz perecer
Não sou vampiro, mas um ser que aprende
A conviver com o tempo, enquanto ele se estende
Assim, caminho, na penumbra da existência
Um ser que desafia a inevitável carência
Não sou vampiro, apesar do vislumbre
Sou apenas um ser, na noite sou deslumbre