Céu na janela
Quando olho pela janela
Este céu implacável e calmo,
Percebo que já é almo
O infinito que cabe nela.
Mas é de fato à exposição,
Na manhã ou na noite nua,
Que brilham o sol e a lua
E as estrelas na escuridão.
Cobertura dos planetas,
Que é sobre cobra e leão;
O telhado da criação
E o caminho dos cometas.
É por poder te contemplar
Que somos do mundo a escória:
Como é que, sob tal glória,
Pode essa lama habitar?
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Poema feito no dia do jogo do Sport e Santa Cruz, onde pessoas saíram nas ruas para brigar.
Tem coisas maiores que leões e cobras, que nos esmagam com verdade todos os dias, e nós não olhamos para cima para contemplar...