Ele era um poeta – Parte II

era poeta, e não morreria de belezas

trazia em sua essência levíssima alma

que autônoma quase sempre lhe fugia

pra escutar, lá do alto, os passarinhos

de cujos cantos, somente ela entendia

o lamento das notas triladas em gaiola

e as arrancadas, na mais vil selvageria

cegando bichinho pra obter gorjearia

e a tal nuvem passageira que habitava

às rebarbas dos céus então se prendia

e pra que olhasse os seus entes-‘inhos’

as barbas de Deus puxava com ousadia

reclamando a alegria tirada dos ninhos

e chorando a dor tão grande que sentia

ela triste, em não lhe retornar, insistia

e o poeta adoeceria de vez em quando

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 22/01/24 --

Antonio L
Enviado por Antonio L em 22/01/2024
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