O MERCADO TEM DONO - Meu coração não.

Escrevo poesia porque não tenho talento para teses.

Geralmente, essas são acadêmicas, longas e precisam explicar alguma coisa.

Sou preguiçoso, e não gosto de explicar nada. Adoro as palavras quando elas deliram…

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A quem pertence

o mal e o bem?

A liberdade

é de qual etnia?

O amor,

qual a sua cor?

A verdade pertence

a qual tribunal?

A inocência

já foi condenada?

A beleza da flor

pertence a alguém?

A justiça social

e a democracia,

quem são os donos?

A fé e a caridade

pertencem

a alguma religião?

E a tal salvação?

A devoção é minha!

Grito desesperado

dos escombros

da minha perdição.

Mas, o altruísmo

e a ética

pertecem a alguma

ideologia?

A poesia

tem senhor?

O respeito

é a qual capataz?

O chicote

do código de barras

flagela sem dó

em escore global.

Há uma certeza

nisso tudo,

a cruz aceita

de braços abertos

a humanidade

em qualquer corpo.

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 22/01/2024
Reeditado em 30/10/2024
Código do texto: T7982176
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