Flores Murchas
Tão desafortunado é o jardineiro
Que rega as flores murchas, falecidas,
Tão aterrorizante é o desespero
Por não cuidar enquanto havia vida.
E para as plantas, como é terrível,
Dia após dia, esperar por água,
Morrer de inanição, é tão sofrível
Se ver secar na sua própria mágoa.
Nessa miséria, o medo se expressa:
No regador, de nada a água serve.
Então ao jardineiro cabe a pressa,
Pois nossa natureza é ser breve.
Notando isso, a urgência em mim triunfa
Por isso eu te amo como nunca.