AVATARES POÉTICOS

Não uso mais

lápis, grafite

ou caneta.

Uso bits,

pixels e bytes.

Não uso mais

celulose,

agora é celular.

Meu delírio

não é mais

metafísico,

é eletrônico.

A vida eterna

é um backup

nas nuvens.

A imaginação

- pensamentos-

vem em gigahertz

de processamentos

no cyberspace.

A vida real geme

seu último suspiro,

antes do deleite

virtual.

O poeta

não tem mais

pseudônimo,

agora são avatares

em voos cibernéticos.

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 21/01/2024
Reeditado em 21/01/2024
Código do texto: T7981480
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