AVATARES POÉTICOS
Não uso mais
lápis, grafite
ou caneta.
Uso bits,
pixels e bytes.
Não uso mais
celulose,
agora é celular.
Meu delírio
não é mais
metafísico,
é eletrônico.
A vida eterna
é um backup
nas nuvens.
A imaginação
- pensamentos-
vem em gigahertz
de processamentos
no cyberspace.
A vida real geme
seu último suspiro,
antes do deleite
virtual.
O poeta
não tem mais
pseudônimo,
agora são avatares
em voos cibernéticos.