Cada olhar me vê com o que sente.
Cada um me vê com os olhos que sentem.
Por uns sou visto como arrogante, e até ou sou com quem é.
Outros me vêem como grosso, quatro por quatro, e sou.
E tem os que me vê como tolo que nada sabe, mas sei um pouco.
Tem olhos que me vêem como um parvo louco, e nóis é.
Tem olhos que me vêem com amor, e amoroso eu sou.
Tem olhos que me vêem como amigo, e amigo fiel eu sou.
Tem olhos que me vêem como bom, e há bondade em mim.
Tem olhos que me vêem com carinho e carinho para esses eu dou.
Tem olhos que me vêem como mestre e para estes ensino o que sei.
Tem olhos que me vêem como sábio e sabedoria simples, eu revelo.
Tem olhos que me vêem como criança e a inocência do meu ser aflora.
E tem olhos que me amam e com certeza em amor eu retribuirei.
Ou seja, há sempre um de mim em cada olhar que me sente.
Mas os olhares vêem em mim o refletir daquilo que se sente em si.
Raríssimo é aquele ou aquela que me vê como realmente eu sou.
Mas num tempo certo Cristo verá, quem eu sou, na eternidade do eternamente.
(Molivars)