Cada olhar me vê com o que sente.

Cada um me vê com os olhos que sentem.

Por uns sou visto como arrogante, e até ou sou com quem é.

Outros me vêem como grosso, quatro por quatro, e sou.

E tem os que me vê como tolo que nada sabe, mas sei um pouco.

Tem olhos que me vêem como um parvo louco, e nóis é.

Tem olhos que me vêem com amor, e amoroso eu sou.

Tem olhos que me vêem como amigo, e amigo fiel eu sou.

Tem olhos que me vêem como bom, e há bondade em mim.

Tem olhos que me vêem com carinho e carinho para esses eu dou.

Tem olhos que me vêem como mestre e para estes ensino o que sei.

Tem olhos que me vêem como sábio e sabedoria simples, eu revelo.

Tem olhos que me vêem como criança e a inocência do meu ser aflora.

E tem olhos que me amam e com certeza em amor eu retribuirei.

Ou seja, há sempre um de mim em cada olhar que me sente.

Mas os olhares vêem em mim o refletir daquilo que se sente em si.

Raríssimo é aquele ou aquela que me vê como realmente eu sou.

Mas num tempo certo Cristo verá, quem eu sou, na eternidade do eternamente.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 18/01/2024
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