QUANDO
Francisco de Paula Melo Aguiar
É fato de que nada é barato
Quando apodrecer a minha ideia
E o protagonismo, este ingrato
Acaba a razão desta epopeia.
É fato de que nada é sorte
Quando nasce uma ideia
Dando origem e suporte
Da epistemologia à paideia.
É fato de que nada é destino
Assim como as estações do ano
Que todo dia vivo e me previno
Como visão de santo e profano.
É fato de que nada é caro
Para homenagear um morto
In memoriam tão barato
Quando a sepultura é o porto.