Chorar faz bem
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Coloquei meus planos no papel
Reformulei meus sentimentos
Cada instante muito bem pensado, mas
Não estava em meu destino viver aqueles momentos.
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Feri meu coração
Fiz dele uma pedra de gelo
Suportei o que não queria e por comiseração
Transformei momentos bons em degredo
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Teria vivido um mundo imaginário, sem ao menos ser eu
O personagem principal dessa história constituiria um homem artificial
Feito artista com tudo emprestado vivendo a vida como peça de teatro
Sem sentir cada momento como a vida é de uma forma geral
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Dias longos, noites curtas, uma mescla de sentimentos aflorando
Quando se imagina ser tudo, mas no fundo não se sentir nada
O que realmente importa foi camuflado perdendo importância
A história passa ser um hiato no tempo e não uma ocasião sagrada
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Nunca é tarde para recomeçar
Se alguém te diz que está tudo bem, desconfie
Somos seres em busca de novos espaços num infinito de momentos
Vivendo um mundo emprestado, nem sempre aos sabores dos ventos
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Se te faz bem chorar, não se acanhe
Não avalie ser feio – pelo contrário, faz muito bem
Solte essa magoa que te amarga de dentro de si
Lave sua alma desse universo que faz de si, carrasco e refém
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Manoel Claudio Vieira – 11/01/24 – 03:18h